O COSMOS
Revista de Divulgação
CONTEXTO HISTÓRICO
As explicações em torno dos fenômenos da natureza vieram desde a Grécia Antiga, mas isso não significa necessariamente que outros povos não tenham realizados discussões e formulados mitos para explicar como o universo funcionava em sua plenitude. Portanto, aos gregos fica a primazia de explicar os fenômenos naturais e suas origens de forma racional, cosmológica, e nessas discussões se destacaram dois filósofos: Platão (428-347 a.C) e Aristóteles (384-322 a.C).
De acordo com Platão o ser humano já teria de forma inata uma ideia sobre todas as coisas dentro de si, e essas ideias fariam com que o mesmo identificasse todas as coisas do mundo. Ou seja, para Platão tudo o que se aprende nada mais é, que uma recuperação por meio das lembranças do que a alma já conhecia. Dessa forma, para ele essas ideias perfeitas e imutáveis formavam o mundo das ideias e o mundo real, concreto, seria apenas uma cópia mal feita do mundo das ideias. Portanto, para o mesmo, o que faria algo ser algo, seria a ideia do que é aquilo, por exemplo, existem atualmente vários tipos de cadeiras, mas por mais que sejam de modelos e cores diferentes a ideia de cadeira que temos na nossa mente faz com que ao olharmos para uma cadeira conseguimos identificar que ela seja uma cadeira. Portanto, ao mundo das ideias e ao mundo concreto ele denominou, respectivamente: inteligível e sensível.
Em contrapartida, Aristóteles acreditava que tudo que compõem o universo é formado de matéria e forma, e as mesmas são inseparáveis. Portanto, para ele a forma é a essência de cada ser e a denomina de alma, cuja função é orientar cada ser vivo na realização de sua existência. Por fim, vale ressaltar que os diferentes seres vivos, de acordo com Aristóteles, se organizariam em uma escala hierárquica em relação a suas funções no mundo material.
Nessa perspectiva, durante a Idade Média, as ideias de Platão e Aristóteles foram o motivo de diversas discussões filosóficas. Ademais, com o surgimento e expansão do cristianismo, alguns pensadores se prontificaram a interpretar os pensamentos de ambos a fim de constituir a base de uma filosofia cristã. Consequentemente, assim se firmaram as primeiras teorias sobre a origem da vida.