UNIVERSO MÁQUINA
A Europa tinha um grande fascínio por conta da utilização de máquinas, a partir do século XII, esse fascínio fez com que, ao longo do tempo, os europeus começassem a observar a natureza como uma grande máquina. Nesse período, o mundo e os seres vivos foram frutos de um estudo mais aprofundando, a mecânica estava em auge, logo, eles queriam saber como funcionavam o corpo humano e seus respectivos sistemas interligados. Contudo, para que uma máquina exista e funcione é necessário a existência de seu construtor. Portanto, Deus tornou-se o artesão do universo, assim, ele saiu de um ser onipresente para o construtor do cosmos.
Com isso, atrelou-se ao universo a figura de um relógio funcionando em harmonia, cada engrenagem girando e exercendo sua função para o que o relógio como um todo funcione. Portanto, a Deus ficou a figura de relojoeiro, além disso, essa visão de um universo como máquina legitimava de forma científica a concepção fixista, uma vez que Deus permanecia como ser primário e provedor das ações, mas, agora, suas ações teriam sido realizadas nos primórdios do tempo, quando tudo foi criado. Assim, poderia ser concluído que os seres vivos se mantinham os mesmo desde então.
Engrenagens de um relógio